SOBRE VIOLÊNCIAS, SOBRE RESISTÊNCIAS: casos de agressão e reação na Marcha das Vadias DF 2012

Foram muitos gritos e cartazes, sorrisos e abraços, batuques e alegrias no centro de Brasília nesse sábado, dia 26/05/2012. Mais de 5 mil vozes unidas ecoaram pelo fim da violência contra as mulheres, vozes de mulheres e homens lutando pelo nosso direito de sermos donas de nossos corpos e vidas sem que essa autonomia seja percebida como um convite à agressão.

A Marcha das Vadias do DF foi linda! Senti que saímos de lá empoderadas, unidas, com uma força a mais para lutar contra as agressões diárias que muitas de nós sofremos. Senti que saímos de lá mais leves, com a esperança de que sim, uma outra sociedade é possível; e de que, aos poucos, esse movimento da Marcha e os outros vários movimentos feministas e de mulheres que existem no DF, estão colocando em pauta nossos incômodos e nossas demandas – obviamente que dentro das especificidades de cada grupo de mulheres, já que não somos todas iguais – e causando uma mudança social e cultural, ainda que lenta, gradual e muitas vezes localizada. E senti que grande parte dos homens que marcharam conosco saiu de lá com muitas reflexões sobre seu próprio papel no mundo em que vivemos.

Mas toda a ação provoca uma reação. Depois da Marcha os mascus, machistas e/ou defensores da família e dos bons costumes (bons principalmente para eles, diga-se de passagem) de plantão, como era de se esperar, já colocaram as manguinhas de fora nos argumentos contra a Marcha. E adicionaram a estes argumentos um novo ingrediente: a defesa dos agressores que foram expulsos da manifestação, especialmente de um deles,  que estava vestido de militar.

Colhi na nossa página da Marcha do DF no Facebook algumas opiniões sobre esse caso específico para ilustrar este texto. Esses depoimentos são, por si só, exemplos óbvios de tudo aquilo que o coletivo da Marcha das Vadias DF luta publicamente contra: eles culpabilizam as vítimas; tratam com descrédito as reações das vítimas, sem  questionar de fato o que ocorreu para que as atitudes tomadas fossem aquelas; eles tratam como exagero, histeria e violência as formas de resistência das vítimas; eles colocam claramente o agressor na posição de vítima e as vítimas na posição de agressoras – estratégia de inversão utilizada muito comumente para deslegitimar formas de resistência de grupos e indivíduos.

Não acredito que seja uma mera coincidência que todos os depoimentos que mais me incomodaram (e alguns, por isso, foram escolhidos aqui a título de exemplo) foram escritos por homens, já que eles (estes homens específicos)  me pareceram extremamente confortáveis na posição que ocupam. Posição esta de quem não sofre violência verbal, simbólica e/ou física diariamente pelo simples fato de ser homem (como nós sofremos, em maior ou menor grau, por sermos mulheres). São comentários de homens que estão tão confortáveis nessa posição de poder a ponto de não questionarem as atitudes do agressor, e sim, como acontece em alguns exemplos aqui, se identificarem explicitamente com o cara colocando em descrédito as atitudes das mulheres que reagiram à agressão. 

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Esses comentários são reducionismos claros das razões que levaram praticamente uma marcha inteira a se colocar contra um cara. Um pinto sozinho não ofende a ninguém, o que ofendeu, no caso, foram as atitudes machistas, as violências, as hierarquizações que se respaldam no fato de uma pessoa ter ou não um pênis. Esse cara já tinha coagido várias mulheres da Marcha, tocado em algumas delas,  chamando-as de ‘gostosas’, em uma atitude tipicamente machista, misógina e também homofóbica – ele fez vários comentários agressivos nesse sentido. Quando as mulheres reclamaram e exigiram que ele se retirasse da Marcha, ele começou a xingá-las, ofendê-las e ameaçá-las. O fato dele ter mostrado, ou ameaçado mostrar o pinto, e a reação que as mulheres tiveram, se inserem dentro desse contexto misógino de violência e agressão, e não podem ser vistos como fatos isolados. O último comentário apresentado logo acima é mais explicitamente misógino. Esse tipo de visão de mundo é muito comum entre caras que acham que os homens, brancos e heterossexuais são a nova minoria oprimida pela sociedade, uma óbvia contra-reação à sua gradual perda do ‘domínio inquestionável’. Me incomodaram muito algumas defesas tão enfáticas desse homem que agrediu a várias mulheres na Marcha deste ano. Me incomodaram porque não pude deixar de pensar no que um cara que se sente confortável em fazer tudo isso na frente de milhares de pessoas é capaz de fazer quando vê uma mulher andando sozinha na rua.

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Já foi dito aqui que o cara não agiu como “um mero discordante”. E se ele estava quieto é algo a se discutir, pois os vídeos mostram o agressor sendo provocativo durante todo o tempo. Seria realmente plausível que uma marcha de milhares de pessoas se colocasse contra um cara que estivesse simplesmente quieto? Imagino que ele tenha permanecido parado no meio do paredão por pensar que ali não seria alcançado. Então continuou a ofender as manifestantes e só parou, se levantou e foi embora na hora em que as mulheres começaram a escalar o paredão. Comentários como estes acima tentam deslegitimar uma reação coletiva contra um agressor, colocando as integrantes da Marcha como violentas e não o cara que gerou o tumulto. É impressionante como incomoda o fato de mulheres resistirem e reagirem diante da violência que as atinge. Incomoda porque homens assim não estão acostumados a verem mulheres se colocando contra a violência que sofrem, resistindo e se unindo contra qualquer tipo de agressão que recaia sobre uma de nós. Incomoda porque não faz sequer parte do universo simbólico desses homens qualquer possibilidade das mulheres perceberem como violência abordagens constrangedoras e atitudes masculinas agressivas muitas vezes consideradas naturais pela nossa sociedade. Incomoda porque as nossas demandas e aquilo que nos agride são coisas vistas, por esses caras, sempre como secundárias, menos importantes ou até irrelevantes. Incomoda porque o apoio de muitos desses caras às nossas lutas vem sempre acompanhado da expressão “desde que se lute do jeito certo”; ou seja, “não questione demais, não lute demais, não ameace o status quo“. Incomoda porque esses homens não respeitam o fato de sermos nós mesmas as pessoas mais indicadas para saber o jeito certo de exigir respeito. Incomoda muito e, por isso, esses caras dizem que nossa resistência não é adequada e são os primeiros a pular para defender os agressores e culpabilizar as vítimas.

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Existem tantas formas de reagir a uma violência quanto existem formas de ser violentx. No caso, o cara em questão saiu praticamente ileso fisicamente. A proposta do coletivo da Marcha das Vadias DF é não utilizar a violência física a não ser que essa seja o último recurso de reação, já que não desejamos entrar na espiral da violência na qual se encontra a nossa sociedade e sim fazer parte da construção de um mundo menos violento e mais igualitário. Mas ignorar uma violência é também justamente o que a Marcha das Vadias não se propõe a fazer. E a ideia não é fortalecer uma mentalidade individualista que acredita que a única pessoa legitimada a agir contra uma violência é a própria vítima. A intenção da Marcha é a de que nós mulheres nos empoderemos não apenas para lutarmos por nós mesmas, mas, também, para nos solidarizarmos quando alguma de nós estiver em situação de violência e se sentir fragilizada. Quantas de nós, diariamente, não temos que ignorar quando homens gritam confortavelmente “gostosa” por onde passamos? Quantas de nós não desviamos com medo nossos caminhos para evitar uma roda de homens que nos olham como se fôssemos carne? Quantas vezes nós já ignoramos um, dois, dez caras que tenham passado a mão na gente em uma festa, em um ônibus, na rua, em casa, para não causar confusão, ou por sentir que ninguém se solidarizaria com nossa angústia e nosso incômodo? Quantas vezes nós nos sentimos agredidas e gritamos e reagimos contra essa agressão enquanto as pessoas ao redor simplesmente ignoravam nossos gritos? Quantas vezes nós não nos sentimos constrangidas e culpadas pela violência que sofremos? Chega de ignorar essas agressões! Chega de termos nossos incômodos silenciados e ignorados! Chega de nos sentirmos sozinhas em nossas inseguranças! Chega de nos sentirmos culpadas por termos sofrido alguma violência! Chega de sentirmos vergonha quando reagimos contra alguma agressão! Estamos juntas, e a solidariedade feminina/feminista incomoda os machistas, porque é uma arma contra as suas violências sexistas, racistas, lesbofóbicas, bifóbicas, gordofóbicas diárias! Não nos calemos!

MEXEU COM UMA MEXEU COM TODAS!

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Foto: Bárbara Mangueira

Texto: Leila Saads

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55 pensamentos sobre “SOBRE VIOLÊNCIAS, SOBRE RESISTÊNCIAS: casos de agressão e reação na Marcha das Vadias DF 2012

  1. Nelson disse:

    Apoio total a marcha das vadias,as mulheres tem sim q lutar pela liberdade de ser como querem,usar o que querem sem serem julgadas,a maioria de nós homens temos que lembrar que não somos os donos do mundo,que a maioria que faz um comentario machista e por medo da mulher parecer maior que ele,parabens mulheres pela iniciativa e parabens mulheres que tem coragem de marchar pelo seu direito..aplaudo voces de pé

  2. fenixia disse:

    Há cerca de dois anos atrás e eu estava com uma amiga minha rumo a minha casa, no ônibus rumo ao Bandeirante. Ela e eu estavamos nos beijando e este homem ficou nos olhando de um jeito tão sinistro que eu o encarei e falei que não tinha nada alí pra ele ficar olhando. Ele reagiu na hora, nos xingando e ameaçando de estupro, dizendo que nos seguiria até minha casa, naquela hora, ou qualquer dia. Depois desse episódio, eu vi esse cara andando pela Metropolitana umas duas vezes.

    Aqueles que pensam que as mulheres devem engolir caladas a violência que sofrem, são os primeiros a dizer que estão a favor das mulheres lutarem por seus direitos (caô) mas, “do jeito adequado”, para eles o nosso jeito nunca é adequado, porque não respeitam o fato de sermos nós mesmas as mais indicadas para saber o jeito certo de exigir respeito, nossas escolhas são postas sempre em dúvida, porque nossos sentimentos e nossa dor ao ser oprimidas nunca é prioridade, é algo que acreditam que se deva deixar sempre de lado. Quem são eles para nos dizer o que é ou não adequado? Que se fodam, dizem que nossa resistência não é adequada e são os primeiros a pular para defender os agressores e culpabilizar as vítimas. E o problema não está só nesses caras que postam, está até mais perto de nós. Eu me identifico com a marcha das vadias porque fui vitima de violência doméstica, assédio moral durante anos na família e minha forma de enfrentar e resistir a isso sempre foi inadequado, sempre fui culpabilizada por isso, por ser anarquista, por ser punk, por ter sido nômade, sem-teto, por ter sido desde muito nova dona do meu nariz e responsável por minhas escolhas. E o que me ajudou a enfrentar a isso foi me dar valor, foi combater cotidianamente esa culpabilização, me neguei a engolir isso, e continuo assim e foi o melhor que fiz! Não nos enganemos, nós conquistamos nossa dignidade nenhum machista nos vai conceder nada.

    Que se fodam todos que acham que nós devemos delegar nossas demandas e nossas exigências a uma adequação hipócrita ao machismo

  3. Marianna disse:

    Tem uns dias que vejo comentários agressivos e ignorantes como esses selecionados aí no texto. Tentei várias vezes juntar palavras para expressar minha indignação – ora mais raivosa, ora mais pedagógica. Felizmente, vi isso hoje. Obrigada, meninas, por organizar a Marcha. Obrigada por terem coragem de fazer o que todas queríamos, mas não conseguíamos (seja lá pelo que for). Obrigada pelo texto maravilhoso, que pontua os aspectos mais importantes, mantendo a calma que me faltou.

  4. É uma pena que ele não saiu ileso como o texto diz, no vídeo dá pra ver levando um chute de um homem do movimento. Linda pregação, pena que não são todas que tem isso na cabeça. Queria que todas fossem como está escrito aqui e não como eu vi no vídeo do youtube. Parabéns pela iniciativa, de qualquer modo. Super ideologia.

    • Francamente, quem pôs as rodas da violência pra girar não foram elas, foi ele, ele provocou, ele desrespeitou, ele foi violento em gestos, falas e até fisicamente (“… já tinha coagido várias mulheres, TOCADO EM ALGUMAS DELAS…” citando o texto) todo o tempo, portanto sair PRATICAMENTE ileso (que é o que o texto realmente diz) pro agressor foi sim sair ileso. Ora veja, num universo de cerca de 4 a 5 mil pessoas é uma vitória ele ter saído inteiro, afinal lá existiam pessoas mais calmas e outras menos, algumas tinham maior controle sobre sua cólera, outras pessoas menos, e devia ter até quem não fizesse questão nenhuma de conter a sua. E tal fato não é reprovável, é apenas natural, fruto da diversidade, é fato: uns são mais violentos que outros. A resistência no estilo Ghandi é realmente bela, menos danosa e é eficaz também, mas não é obrigatória. Numa situação onde as paixões estão à flor da pele cada um reage da sua maneira, e não há erro nisso. Não, não são todxs anti-violência, o mundo não é assim, então acostume-se, a violência ocorre em várias ocasiões, não foi e nem é exclusividade da marcha. E já basta de elas sofrerem quietas a violência.

      Não necessariamente para você, mas pros espíritos de porco que vão ler isso é logo gritar: “claro, fala assim porque é mulher, e se for homem é gay”

      Sou homem, heterossexual e VADIO.

    • Jonas Ribeiro disse:

      E me tira uma dúvida, você ta dizendo que as MULHERES não pensam o que pregam, que elas não são o que o texto diz porque um HOMEM do movimento chutou o cara??
      É isso mesmo produção?
      Porque é isso o que ta escrito ai em cima.

    • Joy disse:

      o chute não encostou nele, reveja o vídeo. e o cara em questão que tentou chutar não “é do movimento”, ele simplesmente estava lá participando da marcha, não confunda com o coletivo.

  5. fenixia disse:

    Esses caras não tem a capacidade de discernir o que é, nós querermos ser soberanas em nosso corpo, ter o direito de andar como quisermos sem ser violentadas e a atitude de um machista estuprador que entende a propria sexualidade a partir da posse violenta dos corpos de outras. Nossa exigência jamais foi invadir o corpo alheio, mas sempre, recuperar o nosso e evitar que seja invadido. Tem uma diferença enorme entre o comportamento das meninas em resistência e do macho agressor. Nós nunca quisermos invadir nem possuir o corpo de ninguém, mas exigir o respeito ao nosso. A proposta da marcha é nos apropiarmos de nada mais do que nosso corpo, que eles continuam achando que é deles, já que qualquer coisa para eles é motivo para nos deslegitimar.

    • fenixia disse:

      eles acham contraditorio nosso comportamento porque continuam achando que nosso corpo não nos pertence, que não termos discernimento para escolher e que a invasão violenta a nosso corpo é legítima, por isso eles nos acham contraditórias

  6. Pedro disse:

    Viva à Marcha! Viva às mulheres! Viva ao matriarcado! Por uma civilização Yin, um retorno à cultura arcaica (muito mais moderna do que a atual) dos tempos pré-patriarcado, pré-hiperbórea, lemúria e atlântida… Viva ao culto da Deusa em cada uma de vocês, parabéns! Viva!!!

    Só não digo pra ignorarem os comentários imbecis porque realmente é bom aproveitar esse tipo de oportunidade para esclarecerem ainda mais todas as questões… mas não gastem muita energia com isso!

    Foi linda a marcha, emocionante em diversos momentos!

    Liberdade!!!

  7. Ercio Novaes disse:

    Nossa, tudo isso por que o policial, como todo homem que se preze, foi CATEGÓRICO e OBJETIVO (COMO A SITUAÇÃO REQUERIA) e RESUMIU uma das principais orientações MUNDIAIS…
    o que o policial quis dizer é: “Evitem ‘PROVOCAR’ com pouca roupa, se não têm intenção.”.

    Ele estava CERTO! Estupradores procuram mulheres com POUCA ROUPA. Presas fáceis. Ainda deve-se levantar as hipóteses de deficiências psicológicas/mentais (que o levaria a confundir), e testosterona excessiva que, como QUALQUER estudante de 2° grau sabe, AUMENTA a violência e a libido (se duvida, PROVE um pouco. Nem mesmo halterofilistas a usam mais).
    Ridícula essa reação, apenas por um equívoco de comunicação.

    Perdi um enorme tempo hoje. Lendo sobre teorias da conspiração contra as “inocentes” meninas, coitadinhas… Q podem TUDO, desde q os homens não possam “revidar” em NENHUMA instância (falo do “machista”, que foi CERCADO, PROVOCADO, LITERALMENTE PERSEGUIDO e SURRADO, sem nenhuma chance de defesa – não adianta desmentir um vídeo – e ainda exortam ao fim: “Vai ter o rabo comido na prisão”). Essa é a lógica feminina. pobres vítimas… ele foi realmente o agressor… não vou culpabilizar as 300 inocentes que o xingaram, cercearam, perseguiram e agrediram.

    Não concordo com o “machão de plantão”, mas… se vcs podem fazer passeatas semi-nuas, debocharem do que alguns pensam (como ele), escrever e fazer gestos obscenos, TODOS PODEM. DIREITOS IGUAIS. Nem OITO, nem OITENTA, que tal 36?

    Aproveitando o ensejo…ACORDEM! HOMENS dão tanta importância ao SEXO qto VCS dão ao AMOR! VCS são máquinas perfeitas de atração ao sexo oposto! Cunhadas e lapidadas em milhões de anos de evolução! Homens evoluíram de modo a encontrar o SEXO mais FÁCIL! Se vcs têm o direito de PROVOCAR insistentemente, e À TOA, o q as faz pensar q ñ podem fazer o mesmo, e “iludi-las” tb? É A MESMA COISA! Apenas p/ constar, sempre evito mentir, em qq situação – VCS PODEM DIZER O MESMO? Ou gostam de “brincar” com as “sensações” masculinas, apenas p/ inflarem seus egos (MENTEM ATÉ p/ VCS MESMAS…)? DIGAM QUE ESTOU MENTINDO, TAMBÉM! Ou melhor, DETURPEM a SEU BEL PRAZER, como bem o fizeram, na fala do policial.

    • leilasaads disse:

      Ércio, você entendeu alguma coisa do texto que acabou de ler?
      Você entendeu alguma coisa do Manifesto publicado neste blog?
      A frase “Vivemos em uma sociedade que ensina as mulheres a NÃO S EREM estupradas ao invés de ensinar os homens a NÃO ESTUPRAR”, escrita em alguns cartazes lhe diz alguma coisa?
      Esses comentários quase sempre são feitos por caras que, como você demonstrou acima, tem uma incrível capacidade de cegueira diante do cotidiano das mulheres, cegueira e/ou insensibilidade.

      Leia novamente o parágrafo do texto que diz que nossa reação “Incomoda porque o apoio de muitos desses caras às nossas lutas vêm sempre acompanhado da expressão “desde que se lute do jeito certo”; ou seja, “não questione demais, não lute demais, não ameace o status quo“. Incomoda porque esses homens não respeitam o fato de sermos nós mesmas as pessoas mais indicadas para saber o jeito certo de exigir respeito. Incomoda muito e, por isso, esses caras dizem que nossa resistência não é adequada e são os primeiros a pular para defender os agressores e culpabilizar as vítimas.”

      ***

      Mas massa demais que vários comentários aqui foram sensíveis aos pontos colocados! A maioria das pessoas estão se sentindo contempladas pelo texto. Bom demais ver isso! Valeu, gente 🙂

    • Juliana disse:

      ai, meus olhos ardem!

      Fazia tempo que eu não lia tanta merda junta escrita em tão poucas linhas.

      Parabéns, campeão! Merecia um prêmio; o odiot a da semana.

    • Victoria disse:

      Como todo homem que se preze? Como todo homem quadrado e machista você quis dizer né. Na boa cara, você tem filhas? Você vive em que mundo? Então quer dizer que as mulheres devem andar com burcas para não serem estupradas? Tudo isso porque, claro, o homem tem um desejo incontrolável de fazer sexo com qualquer mulher que passa na rua, portanto, é direito dele mexer, estuprar qualquer mulher que ele ve na rua, certo? ERRADO. Esse seu pensamento é atrasado e totalmente machista, eu não te culpo, porque vc foi criado assim pelo ambiente social e familiar. Mas já foi a época de nos calarmos diante de insultos como o seu, desde a década de 70 lutamos, assiduamente, pela igualdade da mulher.
      Desde sempre somos tratados como objetos no qual devemos servir o homem, essa é nossa única função na sociedade, somos frágeis não podemos trabalhar, não podemos dirigir, somos burras, somos menos, NÃO SOMOS HOMENS NÃO É MESMO?
      É lamentável seu pensamento retrogrado, afirmar que NÓS somos a culpadas por um cara nos estuprar, que nós, por usarmos roupas curtas, deixamos o cara excitado. Vou te falar uma coisa, não deve ser nem um pouco prazeroso ser forçada a fazer alguma coisa que não se quer. Imagina se os papeis se invertessem, imagina vc sendo insultado na rua e ter que ficar calado? é muito fácil falar quando não se é o protagonista da história, é muito fácil falar quando vc não irá sentir o que é e como é ser estuprada.
      Somos COITADINHAS? Nossa, essa foi o cumulo da ignorância. Por um acaso voces, já foram forçados a casarem com quem não se quer? Voces já tiveram a liberdade vetada? O direito de votar vetado? O direito de não trabalhar com o argumento de que não somos capazes? Já ganharam menos fazendo os mesmos serviços que o sexo oposto? Já foram insultados, tratados como meros objetos pela mídia, pela sociedade? NÃO. Então não venha me falar que somos coitadinhas, porque tudo pra voces, homens, são mais fáceis. Não venha nos julgar e falar pra ficarmos quietas diante a insultos seus, quando estamos cansadas de nos manter omissas. E não me venha com esse papinho misógino de que as mulheres foram maldosas com o cara, de que a gente exagerou, de que a mulher pode insultar o cara e se contrário, o cara é machista. A por favor né, vamos abrir os olhos um pouquinho, quando o cara chama a mulher de vadia, de gostoso, isso não é exagero né, é so a natureza do homem, é normal! Não, não é normal. É doentio. Nós não estamos lutando pela inversão de papeis, ou seja, homens no lugar das mulheres, homens donos de casa. Estamos lutando pela IGUALDADE, queremos IGUALDADE. Não queremos insultos, não queremos MACHISMO, como o seu.
      Essa nossa luta é vista como “exagerada”, porque somos mulheres ne? Como mulher pode lutar por alguma coisa não é mesmo? Pois bem, enxergamos a desigualdade que nos foi imposta e vamos lutar.
      ” Q podem TUDO, desde q os homens não possam “revidar” em NENHUMA instância (falo do “machista”, que foi CERCADO, PROVOCADO, LITERALMENTE PERSEGUIDO e SURRADO, sem nenhuma chance de defesa.”
      Podemos tudo mulheres???? DESDE QUANDO? Dessa eu não tava sabendo!! Nossa, então acabou nossa luta né?! Homens não podem revidar?? Nossa, pobres homens machistas que foram cercados, provocados e perseguidos, né? Sabia que A cada dois minutos uma mulher é violentada e a cada 13 uma mulher é estuprada na Região Metropolitana de Campinas? A cada dois minutos, uma mulher é estuprada nos EUA, sendo que 78% dos agressores são conhecidos? Se não sabia, comece a pesquisar e a estudar um pouquinho, porque tudo isso é pura ignorância e medo de mudar. Quando vc diz que homem não revida, vc com certeza está muito equivocado.
      Se vc lesse um pouquinho sobre a Marcha, entenderia a real luta, que não é o direito de andar seminua nas ruas e sim de que não importa o jeito que uma mulher se veste, ISSO NÃO TE DA O DIREITO DE ESTUPRÁ-LA.
      Por favir, comece a ler mais e a conhecer as verdadeiras causas do feminismo e da Marcha, seu conhecimento está escasso. Estamos cansadas de pensamentos como o seu. E vamos lutar para mudá-lo.

      Esse video combina muito com vc, veja os outros também, uma campanha muito bem elaborada pelo Equador.

      • BidonCachaça disse:

        Puta que pariu feminista mordida é tão ruim, ou pior que gay heterofóbico, ou machista homofóbico, não tem muito nexo, e intercalação de ideias o seu post, é só um desabafo, um tanto acalorado, contra o tal estereótipo machista a favor do estupro de menininhas de mini saia acima, bem vamo pro trololó com minhas queridinhas da axila peludinha:

        Bem é um simples fato que uma mulher bem produzida e com pouca roupa chama mais atenção do q uma digamos discretamente vestida, e mais provável q o tarado/maniaco/estuprador/doente mental vai fazer dela seu possível alvo, difícil discordar disso. É óbvio que o tarado/maniaco/estuprador/doente mental é um pária da sociedade, portanto deve ser excluído da mesma, indo pra manicômios, prisões e etc.

        Fato que a principal bandeira das feministas, pelo menos nos post que eu li é usar roupa curta sem pode ser estuprada, o q me parece sensato e óbvio, mas muito raso pra um movimento dito libertário. Mas o motivo do meu post e da minha indignação se deve ao fato do que aconteceu com infeliz, dos miolo mole, não o que ele fez está correto longe disso, bulinar algumas moças e mostrar o pirulito é um tanto sem noção, ainda mais na marcha das paty esclarecidas e politizadas.

        Mas a reação de vcs se assemelha muito a da garota ai de cima contra o tal estereótipo machista, um explosão de raiva violenta e súbita, contra o algoz em questão, o vídeo não mente quase lincharam o fanfarrão, pessoas que pregam a não violência e a defesa dos direitos humanos, faltaram ali paciência e compostura, a única coisa q eu vi ali foram mulheres reprimidas seguindo seu instinto primitivo violento, contra o mal feitor imbecil, q segui seus instintos primitivos sexuais ao roda o pirulito pra mulherada.

        A atitude sensata no caso seria chamar uma autoridade pra retirar o cidadão de imediato, não esculachar o cidadão e só depois encaminhar ele pra policia. Isso tira o crédito da manifestação em si, onde a única atitude q eu vi foi uma orde de mulheres intempestivas descascando um imbecil, um imbecil q infelizmente vai ter em tudo quanto lugar onde forem fazer protesto, pois algumas vão estar seminuas e sempre vai ter um infeliz pra falar alguma patifaria, por isso a importância de manter a compostura e a paciência nesses casos.

        E manter o respeito a ideologias, já q no Rio de Janeiro até invadiram uma igreja pra protestar, absurdo, pois se querem ter o direito de privacidade e ir e vir sem ser incomodadas, devem no mínimo respeitar a ideologia do próximo, o teu direito acaba onde começa o do outro. A igreja é uma merda, tá certo em protestar contra ela, como já diria Bakunin “ O mundo só vai ser bom quando o ultimo politico se enforcar nas tripas do ultimo padre”

        Agora vou dar minha opinião sobre a marcha das biscastes, safadas, vadias e etc, um pouco ou um tanto machista, ai vcs decidem, não fico q nem vcs distorcendo a realidade com palavras pra esconder meus defeitos, a critica não é sobre o feminismo em si, mas sim essa marcha insonsa e rasa q vcs chamam de feminismo.

        É fato, pra mim ao menos, que 80% das mulheres envolvidas são de classe média alta, q descrevem a si mesmas com esclarecidas e independentes, mas a verdade é q são patyzinhas revoltadas e desocupadas, ansiosas por reconhecimento social e privilégios masculinos distantes por enquanto do seu alcance, e não defensoras dos direitos igualitários, pois só vou acreditar nisso quando ver numa placa de protesto um pedido de igualdade, citando como exemplo, o pagamento no mesmo valor de taxa de entrada numa balada, afinal acredito q não existe feministas quando o navio vai a pique?

        Não vejo manifestações contra o abuso infantil de garotas, e nem contra prostituição infantil, nem vejo o apoio a ONGs que lutam na periferia contra a pobreza, e também contra a exploração e a violência de mulheres pobres, essas sim indefesas devido a falta de recurso e de apoio, pois não podem se esconder atraz de muros altos, cerca elétrica e carro com ar condicionado. Também não vejo as libertárias privilegiadas citando sequer o tráfico de mulheres.

        Esses mulheres sem recursos sim é que precisam da lei ao seu favor, não patricinhas que querem privilegios masculinos, que o máximo q passaram na vida foi serem cantadas por um bebâdo chato, uma encoxada na fila da cantina do colégio, ou tapa no traseiro na balada.

        A única coisa q eu vejo, na maioria é patyzinha inconformada com os privelegios masculinos existentes e gordinha recatada furiosa, por não poder exibir suas dobrinhas na cintura ao seu bel prazer, e sim o velho e bom direito de usar decotão e roupa curta e não ser estupradas por tarado/manico/estuprador/doente, sinto muito informar mas só tarado/manico/estuprador/doente estupra mulheres, seja ele marido, primo, cunhado ou tardo de rua, não vai ser o fato de vc usar roupa curta, ou não q o cara não vai deixar de ser doente mental.

        E sim nos homens de verdade adoramos mulheres de roupa curta, nada como um bom decotão, ou um belo par de coxas pra descansar a vista, já q o q é bonito é pra ser mostrado, e o q feio tb, pode mostrar se não tiver em forma, afinal como vcs dizem homem é tudo e se não tem um lugar bonito pra descansar os olhar, descansa no feio mesmo. De um homem mesmo, não um maluco, o máximo q vão ouvir é um hein gostosa, e olhe lá.

        Por fim não vejo a hora desse desfile chegar na minha cidade Curitiba, vou poder ver um monte de menina bonita, ou não em trajes curtos, não se preocupem não sou um tarado/manico/estuprador/doente, não vou bulinar nenhuma, nem rodar meu instrumento e nem dizer gracejos, só vou observar esse belo desfile de cocotas, pois infelizmente como manifestação politica deixa a desejar.

      • marly batista disse:

        Meu caro Bidon Cachaça. Eu sou uma das manifestantes da Marcha das Vadias de Brasília. Tenho um relato neste Forum. Concordo com grande parte do sua manifestação aqui colocada. No momento da concentração eu ouvi falar do indivíduo, mas não presenciei o ato de nenhuma das partes. Deixei bem clara a justificativa de minha participação e de uma das frases do meu cartaz (100 % VADIA). São centenas de legítimos motivos que levaram milhares de mulheres a dedicarem um tempo em solidariedade a essa causa. Cada pessoa julga de acordo com a “sua régua” (com a régua que possui). Fazem parte dos principios morais o uso de uma boa conduta , não conferindo nenhum direito de atentado ao pudor. Todas as performances exibidas pelas mulheres na Marcha tiveram como único objetivo chamar atenção para a finalidade da causa que possui um grande leque de reinvidicações em prol do respeito à mulher, principalmente ao seu corpo. Como você mesmo ressaltou, a maioria era de classe média e alta, e cultas. A mensagem foi muito bem passada para a população. Nenhuma mulher em sã consciência, culta e bem sucedida vai para as ruas pedir o direito de andar com os peitos de fora, nua ou com partes nuas. O público a que se quis alertar é o público machista, do qual não se pretende mais aceitar nenhuma interferência. Se você puder colaborar com a nossa Marcha, gostaria de deixar o meu convite para participar com o seu apoio a nossa próxima Marcha de 2013. Um grande abraço. Marly

  8. Cacá disse:

    Evito ler esses comentários dos machistas que me dão muita gastura da humanidade. Mas ao mesmo tempo só fortalece a certeza que nosso movimento e luta são extramamente necessários e urgentes! Juntas somos muito mais fortes!

  9. Horbie disse:

    as mulheres se mobilizam em uma marcha para expor sua vontade por liberdade e igualdade; um cara “aleatório” (nem é tão aleatório, ele é a representação de uma parte da sociedade tão presente e nociva) surge provocando a violência; um bando de alienados que nem estava lá fica sentado na frente do seu computador digitando sua defesa ao criminoso (isso aí, ele foi preso porque mesmo? porque tava certo ou errado?); e ainda querem definir de que forma eu devo protestar contra essa mentalidade vigente – que mulher é inferior e tem que ficar quietinha ou ignorar???? É ISSO MESMO? sério? tem forma certa de protestar? quais são as regras pra se comportar na marcha? é você que vai escrever? PRESTA ATENÇÃO! exagero, pra mim, não é a reação a algo absurdo, é ficar em casa vomitando como você acha que as pessoas devem se portar!

  10. Vanessa disse:

    MEXEU COM UMA MEXEU COM TODAS.

  11. déborah disse:

    é muito cansativo lidar com esse povo burro que não entende nada do que é o feminismo, ou o movimento da marcha das vadias, ou sequer a sociedade em que vive. tô querendo mudar pra outro planeta, que essa galera daqui cansa demais meu cérebro.

  12. Eduardo disse:

    Comentários como o do Ércio Novaes são nojentos e mostram ainda mais a importância da marcha. É o típico comentário do pervertido, do pedófilo que estupra crianças e ainda diz que a criança é que estava provocando. Sinceramente!
    O pior é que ouvi algo parecido ontem, creiam, por uma colega de trabalho. Ao saber que eu fui, ela disse que o top-lesse vulgarizava a marcha. Expliquei a ela que se trata de machismo interiorizado (sim, isso existe!). Falei o óbvio: antes de achar que é vulgar, que tal se ela se perguntasse sobre os valores contidos no que ela chama de vulgar. Enfim…
    Acho a realização da marcha importantíssima para dar visibildiade e empoderamento às mulheres. Ressalto o caráter da visibilidade, pois as mulheres que estavam na marcha já estão, a meu ver, empoderadas, mas é na visibilidade que elas podem empoderar as mulheres que sofrem opressão e machismo e que estão por aí caladas, sentindo-se solitárias e impotentes.

    Deluan Almeida, parabéns pelo seu texto. Concordo com praticamente tudo. Todavia, e aqui vai uma crítica construtiva, e que não tem a ver com esse episódio desse otário que mereceu ser preso. Havia sim, ainda que em pequeno número, pessoas (homens e mulheres) que não tinham o menor interesse em conter sua cólera. E acho isso perigoso. Por um momento, fiquei com medo (medo mesmo) de que alguém, do nada, apontasse o dedo para mim e gritasse agressor. Fiquei pensando o que aconteceria, a humilhação que seria para mim ser considerado agressor, e se eu poderia ter a chance de me explicar… Vejam, sei que tudo isso não passa de projeção minha, afinal, nada aconteceu comigo, que estava lá dando o meu apoio ao que considero uma sociedade justa e inclusiva, que iguale plenamente todos os direitos às mulheres, aos LGBTs, a todas as minorias oprimidas por um pensamento ridículo dominante. Mas acho importante ter aqui o espaço para dizer de um sentimento que me invadiu, e que, ao conversar com outros participantes, disseram ter se afastado de alguns grupos mais raivosos por terem sentido o mesmo. Volto a dizer, é uma crítica construtiva. Afinal, acredito que este seja um espaço em que a gente possa pensar sobre como melhorar para os próximos anos. Será que é possível fazer algo em relação aos ânimos mais violentos? (eu disse violentos, e não exaltados ok?)

  13. Pois é, realmente uma vergonha notar comentários sem o menor fundamento. A Marcha foi muito bonita e não há o que questionar! Parabéns meninas!

    Nossa contribuição é essa: http://pssaroverde.blogspot.com.br/2012/05/marcha-das-vadias.html

    Beijos!

    Juh!

  14. Carrapato disse:

    Tanto faz quem começou, o que começou e porque começou. A bestialidade de uma maioria partir pra cima de uma pessoa por si só já resume tudo. O acontecido só vem a mostrar que são todos iguais. Homens e mulheres. Agiram em bando, sem pensar. Bastaria um tropeço do rapaz para começar um linxamento e uma confusão generalizada. Usem as critícas e a situação para entenderem que multidões se comportam diferente de indivíduos. Para completar, acho imcompreensível um movimento que luta contra a violência se utilizar da violência. Como dito, bastaria ignorar o cidadão ou chamar a autoridade policial presente para que as providências fossem tomadas de forma sensata e não causassem este tipo de repercussão que tira de foco o objetivo principal do movimento.

    • Faço minhas as palavras de Malcolm X: “Não peça que o estuprado perdoe o estuprador”! Após anos de violações aos direitos das mulheres e poucas mudanças, pedir moderação frente a um ato direto de abuso a uma pessoa seria um absurdo, que dirá a uma multidão! Não ofendeu apenas as meninas que lá se manifestavam, atentou-se contra os homens que lá também as apoiavam!

  15. Bruno disse:

    “Ele estava CERTO! Estupradores procuram mulheres com POUCA ROUPA. Presas fáceis. Ainda deve-se levantar as hipóteses de deficiências psicológicas/mentais (que o levaria a confundir), e testosterona excessiva que, como QUALQUER estudante de 2° grau sabe, AUMENTA a violência e a libido (se duvida, PROVE um pouco. Nem mesmo halterofilistas a usam mais).”

    “ACORDEM! HOMENS dão tanta importância ao SEXO qto VCS dão ao AMOR! VCS são máquinas perfeitas de atração ao sexo oposto! Cunhadas e lapidadas em milhões de anos de evolução! Homens evoluíram de modo a encontrar o SEXO mais FÁCIL!”

    Ércio, cara, use o tal pensamento categórico e objetivo, se você for um “homem que se preze”, pra separar argumentos embasados de pseudo-ciência e charlatanismo.

    • Dany disse:

      Eu achava q
      O homem tinha evoluído de forma a pensar com a cabeça de cima e não com a debaixo. Mas vai saber neh?! Da próxima vez q eu sair colocarei uma burra arrastando no chão. Pq pelo seu ponto de vista, um maníaco sexual pode achar até minha canela objeto de desejo incontrolável! rs

      Tem comentários q não merecem nada além de ironia. puff

  16. maria do carmo queir'óz disse:

    “Minha mãe me ensinou a tecer o que sou…” Então começo essa reflexão aqui partindo do que sou, do que vi e do que presenciei e analisei.
    Todas essas mulheres que estavam nessa marcha das vadias são como está no texto acima: Gritam pelo fim da violência machista e para mais liberdades para as mulheres.
    Graças as lutas, não somos mais “inocentes meninas, coitadinhas”. Somos mulheres que superamos violência, crescemos, nos organizamos, repensamos a organização da sociedade, repensamos a educação que devemos dar a nossos filhos e filhas. Adquirimos consciência de que precisamos mudar essa sociedade, onde mulheres com pouca roupa são chamadas de “presas fáceis, para estupradores”.Uma sociedade que tratam o homem como o dono das ruas e incapazes de controlar sua “testosterona excessiva”.Para mim homens que ficam violentos com o aumento da libido devem se tratar no médico,porque estão doentes ou devem ser presos porque não sabem controlar suas vontades .Acham que podem tudo e são donos de tudo, chegando a roubar o corpo de uma mulher.
    O machista que estava nessa marcha não foi vítima.Ele foi a essa para agredir, provocar,insultar,debochar,desrespeitar. Com um claro objetivo: Dizer as mulheres que se organizam e lutam ,que está pouco se lixando e vai continuar tratando as mulheres como bem quiser ,pois o mundo é todo dele e mulher pra ser respeitada tem que seguir as suas regras.
    A marcha das vadias foi linda, educativa,corajosa e organizada.Cada um dos manifestantes chamou a atenção da sociedade para um tipo de reflexão.A marcha falou numa linguagem contemporânea, onde algumas mulheres corajosas mostraram os seios pra também provar a sociedade que é possível fazer isso perto de pessoas evoluídas e respeitosas como deve ser toda a sociedade. Senti –me muito bem participando da marcha,onde meu grito se juntou a tantos outros e meu corpo sorriu pra mim mesma. Adoro ser mulher! E sonho com uma sociedade melhor pra minha neta. NOSSO CORPO NOSSAS REGRAS.

  17. Nogueira disse:

    Vcs vão me desculpar, mas se eu for o último ser humano a pensar como eu penso, que seja, ninguém, nenhum movimento, vai me convencer que mulheres andando semi nuas é questão de direito ou de liberdade. Não existe, para absolutamente ninguém, liberdade absoluta. Todos têm limites. E o bom senso deve ser um desses limites. Esse movimento é falho na medida em que é extremista demais pra reconhecer o limite do bom senso sem caracterizá-lo como mero machismo. Eu conheço um monte de mulheres que jamais andariam semi-nuas e não acham nada bonito as que fazem, elas também são machistas? A liberdade não é gratuita, toda liberdade tem um preço a ser pago, ou que foi pago por alguém que fez um sacrifício. As feministas da década de 60 lutaram pela liberdade das mulheres pra que? Pra que elas sejam livres pra serem vadias? Eu acho que essa marcha está, na realidade, destoando das feministas que lutaram por uma causa realmente justa e relevante. Se vc quer ser realmente livre, seja livre por algo que alha a pena, pois a liberdade traz responsabilidades, os direitos trazem deveres e igualdades são simétricas. Tudo isso está sendo colocado embaixo do tapete numa incoerência absurda que não reconhece direitos iguais, não exige bom senso de quem manifesta seu direito de qualquer jeito e promove a liberdade por cima de tudo e todos, sem limites. Por que um homem que, ao passar no seu carro por uma mulher vestida com trajes característicos de mulheres de programa, ao julgar que é uma prostituta, é considerado machista? As prostitutas se vestem com pouca roupa pra expor o que estão a vender. Se uma mulher qualquer, no desejo de usufruir dessa “liberdade”, que, na verdade, nada mais é do que uma provocação deliberada aos homens, também decide mostrar partes íntimas do seu corpo, ela é quem se deprecia, não o homem que a julga “puta”. Outra vez vi em uma página relacionada a este movimento, um comentário criticando MULHERES DE BIQUÍNI EM COMERCIAL DE CERVEJA E DESODORANTE, como forma de machismo na publicidade. Ora, aquela mulher não está lá, no gozo de sua liberdade, ganhando dinheiro mostrando o corpo? Como vcs podem ser tão hipócritas e ainda quererem ser levadas a sério com tamanhas incoerências? E me deixa perplexo a intolerância à críticas. Nunca houve, nem haverá, consenso universal, portanto, sempre haverá discordâncias ideológicas. Responder a todas as críticas com ataques e acusações de machismo apenas reforça a fragilidade das bases ideológicas dos responsáveis por este movimento. Quero manifestar aqui minha reprovação pela maneira radical, cega e impositória que se apresenta nesse movimento. Dessa maneira, eu duvido que vcs consigam apoio massivo da sociedade. Agora vão e me chamem de misógino, machista, mente fechada. Está na hora de alguém entre vcs procurar no wikipedia o significado de misandria.

    • E o limite do peito de fora é o carnaval e a playboy eu imagino então…
      E me explica aqui porque pra nós homens se chama ficar sem camisa e pra elas mulheres é estar seminua? é coisa abominável um par de seios? Se um cara não consegue ver um seio sem pensar em apertar, chupar, beijar a depravação e falta de senso não reside na dona do seio, mas na mente doentia do mané.
      Mas deixa estar, imagino que foi o mesmo horror quando elas quiseram mostrar seus tornozelos, depois joelhos, barriga etc etc. chegará o dia em que até o mais pudico retardado vai enxergar ai só a parte de um corpo. Não nego aqui o cunho sexual do seio. Mas o podólatra não anda taradão na rua só porque ta a toda hora vendo vários pezinhos lindos. Com raras exceções eles sabem quando o pé é um objeto de desejo e libido e quando um pé é… um pé!!! E a luta tem que vir, e forte, e sempre, e violenta se preciso for, pra que o tempo que o seio seja só um seio não tarde a chegar.
      Quanto às propagandas, a mim particularmente, o que deixa puto não é a nudez ou a pouca roupa em si mesma considerada, mas essa nudez como alimento para o preconceito, a segregação, a misoginia, me rebelo é com a reprodução da ideia de que é pra isso que serve a mulher.
      Cara, não grite aos ventos que a misoandria existe, existe sim, e é justa, conhece o ditado “quem bate esquece, quem apanha não esquece”? Não queira que as sofredoras encarem nos olhos seus algozes e digam te amo.
      O homem que não foi ativamente educado, ainda que auto-educado, para lutar contra a opressão da mulher é sim o inimigo, mesmo que em graus diferenciados. O homem que não tem plena consciência de que uma grandíssima parte do poder que hoje detém foi ROUBADO delas, em maior ou menor grau vai lutar para não soltar o osso, ainda que seja velado, do tipo “apoio se reivindicar direito”.

      MEXEU COM UMA, MEXEU COM TODAS

      Sem mais por enquanto

      Um VADIO.

  18. Dany disse:

    “A intenção da Marcha é a de que nós mulheres nos empoderemos não apenas para lutarmos por nós mesmas, mas, também, para nos solidarizarmos quando alguma de nós estiver em situação de violência e se sentir fragilizada. Quantas de nós, diariamente, não temos que ignorar quando homens gritam confortavelmente “gostosa” por onde passamos? Quantas de nós não desviamos com medo nossos caminhos para evitar uma roda de homens que nos olham como se fôssemos carne? Quantas vezes nós já ignoramos um, dois, dez caras que tenham passado a mão na gente em uma festa, em um ônibus, na rua, em casa, para não causar confusão, ou por sentir que ninguém se solidarizaria com nossa angústia e nosso incômodo? Quantas vezes nós nos sentimos agredidas e gritamos e reagimos contra essa agressão enquanto as pessoas ao redor simplesmente ignoravam nossos gritos? Quantas vezes nós não nos sentimos constrangidas e culpadas pela violência que sofremos? Chega de ignorar essas agressões! Chega de termos nossos incômodos silenciados e ignorados! Chega de nos sentirmos sozinhas em nossas inseguranças! Chega de nos sentirmos culpadas por termos sofrido alguma violência! Chega de sentirmos vergonha quando reagimos contra alguma agressão! Estamos juntas, e a solidariedade feminina/feminista incomoda os machistas, porque é uma arma contra as suas violências sexistas, racistas, lesbofóbicas, bifóbicas, gordofóbicas diárias! Não nos calemos!”

    Concordo! É completamente odioso o modo como certos homens se sentem no direito de gritar gostosa pra vc como se fosse um cachorro correndo atrás de uma cadela no cio. Ou mais odioso ainda é qdo a mulher reage mediante a isso e o agressor vir com palavras de baixo calão com intensão de rebaixar e ferir a auto-estima da mulher e fazer com que ela se sinta um lixo. Já passei por isso, repudio a ponto de me arrepiar enqto escrevo. É uma sensação de nojo pela situação, de vc, da pessoa q te agride. Um… asco! Sei lá… só sendo mulher mesmo pra sentir na pele.

  19. Mineisbigger disse:

    Tá, misandria, você aprendeu hoje? Então me ache massivo no dicionário da ABL ou no Houaiss… Ih, não tem, né? Tem, de forma muito questionada em um dicionário de Portugal… E você se incomoda com a reação das mulheres por quê mesmo? Saber dos riscos de um comportamento que é um DIREITO delas em função de homens que não pensam antes de cometerem crimes é confundir bom-senso com culpabilização da vítima. E depois, homem que é homem respeita a mulher, qualquer mulher, e os que as agridem no fundo as odeiam, e aí, né, coisa estranha, porque se odeiam as mulheres, gostam de quem, né?…

  20. Marly Batista disse:

    Participei da Marcha das Vadias, primeiro porque achei o objetivo mais do que legítimo, segundo na condição de uma mulher madura e de uma mãe que presenteou a sociedade com três filhos, hoje adultos, bem casados e pais de família, super respeitadores, de excelente índole e de excelente formação profissional . Em todo a minha trajetória como mãe, durante todo o tempo em que me vi na missão de educa-los, nunca os permiti que adotassem qualquer atitude machista, discriminatória ou preconceituosa contra qualquer ser humano. O mensagem do meu cartaz era “100% VADIA” e atrás do mesmo “Por uma educação sem machismo”. A primeira frase tinha como objetivo me brindar por todas as minhas conquistas como mulher, como profissional, como esposa, como mãe, como um ser humano que tem a convicção de que tem o direito ocupar um espaço em qualquer lugar, e de ser respeitada por isso, seja no ambiente de lazer, de trabalho, de militancia, de prazer, etc, ao mesmo tempo, levar essa mensagem de otimismo para todas as mulheres jovens ( principalmente) de que agora é mais fácil chegar lá (eu precisei de 30 décadas para atingir o ápice da autonomia de uma mulher emponderada) . A segunda mensagem eu quis despertar tanto nos homens como nas mulheres, sejam ou não pais ou mães, que a obrigação de educar é de todos, da sociedade em geral. A luta contra o mal do machismo deve ser uma constante na vida do ser humano e que a conquista pelo respeito às mulheres passa primordialmente pela educação no lar e na escola. Essa Marcha deve receber maior adesão e reforço de todos. Os homens que estiveram presentes na marcha (pais, esposos, noivos, namorados, colegas, enfim) estão de parabéns pelo belo exemplo de participação democrática e de cidadania. O exibicionismo de partes do corpo fez parte da mensagem a que se propôs a Marcha. Trata-se de um grito de alerta muito bem simbolizado. A Marcha transcorreu todo o percurso com muita paz. Infelizmente por, pura falta de educação, o indivíduo que “se masturbou” para os participantes da marcha representou “in loco” a categoria objeto do protesto da Marcha. A organização está de parabéns. As meninas que encarregadas da segurança da Marcha foram super responsáveis, e, estou aqui para prestar oferecer a minha colaboração no que precisarem para os futuros eventos.

  21. Horbie disse:

    as mulheres se mobilizam em uma marcha para expor sua vontade por liberdade e igualdade; um cara “aleatório” (nem é tão aleatório, ele é a representação de uma parte da sociedade tão presente e nociva) surge provocando a violência; um bando de alienados que nem estava lá fica sentado na frente do seu computador digitando sua defesa ao criminoso (isso aí, ele foi preso porque mesmo? porque tava certo ou errado?); e ainda querem definir de que forma eu devo protestar contra essa mentalidade vigente – que mulher é inferior e tem que ficar quietinha ou ignorar???? É ISSO MESMO? sério? tem forma certa de protestar? quais são as regras pra se comportar na marcha? é você que vai escrever? PRESTA ATENÇÃO! exagero, pra mim, não é a reação a algo absurdo, é ficar em casa vomitando como você acha que as pessoas devem se portar!

  22. Alguns exemplos do que recebemos de comentários em nosso youtube por divulgar o vídeo:
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    são todas comunistas sem mente! acham que tao lutando por algo?!?! expor seu corpo e falar que é vadia com orgulho é lutar por algo? muito pouco sabem o que significa o verbo VADIAR pelo que eu percebí!

    Putz, eu to aqui porque… Fala sério, tá aí porque é só mais uma que gosta de baderna, tenho certeza que a maioria das mulheres de carater desta nação , não se veem representadas nessa aberração.Como pedem respeito e se colocam a ficar seminuas, tá faltando vergonha na cara.

    —————————————————————————————————————-

    Essas são as mentes “brilhantes” que nos fazem oposição?

  23. William disse:

    Nunca li tanta mentira em uma única página da internet. Eu estava lá, e ele não fez nada além de tentar mostrar o pênis (que aliás, eu sei que vocês feministas consideram uma afronta às mulheres por podermos mijar de pé, mostra “superioridade”). Mas como vocês fazem de tudo para conseguirem o que querem, mentir seria o menor dos problemas.

    Se quiserem sair apenas de langerie na rua, saiam. Vão para o trabalho assim, use no dia-a-dia. Vocês não serão estupradas, apenas serão vistas com maus olhos por quem ainda tem algum valor moral, e depois não reclamem caso fiquem com fama de vadias, se é que vocês se importam com isso.

    Marxismo cultural é foda, vocês aprenderam bem com Gramsci, heim…

  24. clara Faloppa. disse:

    Gostaria muito de participar deste grupo, apoio totalmente a causa, mais não sou de DF sou de SP, ): mimi infelizmente só conheci apos a marcha do dia 26 se soubesse antes teria participado totalmente.

  25. William disse:

    Não se adquiri respeito com indecência. Vocês estão fazendo isso errado, é o resultado do liberalismo e falta de valor moral.

  26. penelope disse:

    o problema é o piru. sem piru não há estupro.

  27. Lola disse:

    Vcs estão de parabéns! Eu queria MUITO um guest post sobre esse episódio. Acho a foto marcante, realmente uma digna de “mexeu com uma, mexeu com todas”.
    Estou escrevendo porque recebi o email de uma leitora, Léa, e ela pediu pra passar pra vcs o relato dela. Aqui vai:

    “Fiz um relato pessoal de um acontecimento ‘besta’ porém muito significativo que aconteceu comigo quando fui participar da marcha das vadias, aqui em Brasília. Peço que, caso você tenha o contato, faça esse e-mail chegar às organizadoras dessa marcha daqui de Brasília ou a quem mais achar válido para a divulgação.

    Nossos amigos também são agressores – Marcha das vadias DF

    Fui a marcha das vadias de Brasília, com marido e filhos (4 e 2 anos). Já sabíamos que não daria pra acompanhar toda a marcha, mas queríamos muito estar lá.
    Chegamos com a menor dormindo, então sentei com ela nos braços em um banco aos arredores do núcleo do movimento, para preservá-la. Sentei ao lado de um homem que estava por ali a toa.
    Depois de alguns minutos ele puxou assunto.
    – Esse movimento aqui é sobre o quê? Pedofilia ou direito da mulher?
    – É sobre as mulheres, incluindo os direitos da mulher.
    – E elas já não tem direitos o suficiente?
    (…)

    Esse acontecimento tocou a minha alma e é por isso que eu estou escrevendo.
    Não tenho como classificar isso de outra forma, senão como uma agressão! Na hora agi como fui “treinada” me calei, virei e ignorei com uma inquietude enorme dentro do meu peito.
    Meu marido, que estava por ali e pra quem o homem se virou depois de ter feito essa “piadinha”, respondeu: “- Quem sou eu pra saber, né? Eu sou homem.”
    E hoje, refletindo sobre o acontecimento, me deparo com o quanto esse evento está carregado de significados.
    – Na covardia, esse homem resolveu fazer essa provocação a uma mulher que, por estar com uma criança no colo dormindo, não gritaria ou falaria com um tom de voz alto. Pelo menos diminuía, e muito, a chance disso acontecer.
    – Foi uma provocação planejada, pois quando ele perguntou e eu respondi, mostrando toda a boa vontade e realmente querendo esclarecê-lo sobre o movimento, respondi o que ele já sabia e queria escutar só pra poder fazer a piadinha! Foi uma pergunta direcionada e eu, burra, não percebi.
    – Após alguns instantes ele fez questão de cumprimentar uma das meninas que estava escrevendo alguns cartazes e com o corpo todo riscado, na maior cara limpa, e ela responde ao cumprimento, reconhecendo a amizade. O que me fez ver que nossos amigos também são agressores!
    – Esse homem, no papel de representando da nossa sociedade, me agrediu sem eu ter feito nada, me agrediu só pelo fato de eu ser mulher e eu, também no papel de representante da mulher na sociedade, reagi da forma como fui treinada (“Minha filha, nessas horas o melhor que você faz é ignorar!”). Até quando?

    O quem tenho a dizer pra ele é que: ESSA PIADINHA NÃO TEM GRAÇA! Isso que você fez é uma agressão.
    E o que tenho a dizer para as mulheres desse movimento é: Desculpem por eu ainda não estar pronta para essa luta. Mas eu estou me preparando, me fortalecendo, me reeducando.
    Ao maridão, só tenho a agradecer por ter dado uma resposta que eu não consegui, por me acompanhar e me incentivar nesse resgate da força feminina e do prazer em ser mulher.

    Na marcha elas distribuem panfletos com recomendações de segurança, que eu li, e a princípio, achei que poderiam estar exagerando, mas não estavam, pois para ser agredida nessa sociedade não é preciso “provocar”.

    Recomendações de segurança:
    – procure não deixar buracos na Marcha. Fiquemos tod@s junt@s.
    – caso seja agredid@, verbal ou fisicamente, ou note a presença de algum agressor, alerte pessoas próximas gritando AGRESSOR! para que a comissão de segurança providencie sua retirada – olhe não apenas por você, mas também por suas companheiras ao lado;
    – procure retirar-se da Marcha em grupo;

    Não se intimide perante qualquer agressão. Estamos todas juntas e nossa voz é nossa arma! Mexeu com uma, mexeu com todas!”

  28. Nogueira disse:

    Eu sempre considerei a teoria freudiana de que mulher tem inveja do pênis uma furada. Pra mim a psicanálise sempre esteve à margem do cognitivismo ou behaviorismo. Mas, baseado no próprio behaviorismo, observando apenas o comportamento das feministas de última hora em sua passeata e, principalmente, em seus comentários, me parece extremamente plausível que esta condição exista em uma parcela das mulheres. Se mulheres dão em cima de homens, eu acho muito improvável que isso seja considerado um problema pra alguém. Mas um homem que, por obséquio, não é homossexual, dar em cima de mulher, é um nojo? A mulher gosta de que estão? Essa marcha confundiu foi tudo, está distorcendo os fatos, usando o estupro como pretexto pra atacar a moralidade e ainda acusar os homens de imorais. É lamentável pq é óbvio que muitas mulheres ignorantes são arrastadas sem sequer notar as incoerências, concentradas apenas no estandarte do feminismo que este movimento usa como guarda chuva, sem ser feminista coisa nenhuma. Mas eu tenho certeza que apenas a minoria tem uma mentalidade fraca a esse ponto e que a sociedade, apesar de decadente, ainda não se degenerou totalmente. E por favor, parem de falar de abuso sexual e apoio à violência contra a mulher, eu não vi ninguém e muito menos eu defender qualquer forma de violência. A crítica toda ESTÁ DIRECIONADA A IMORALIDADE DO MOVIMENTO E À DEFESA DO IMORALISMO, então dêem um tempo com essa conversa de machistas ameaçados.

  29. Eduardo disse:

    Juliana (Vivienda Libre) – que tal menos defesa e mais diálogo? A marcha foi sim maravilhosa, mas, se para você foi 100%, há quem acha que houve alguns problemas que podem sim ser questionados. Afinal, questionar é sempre procurar melhorar. Todo extremismo – TODO – é perigoso.

    Em relação ao povo que combate o top-less ocorrido, só mostram mesmo que não entendem nada. Nenhuma das mulheres que lá estavam saem por aí fazendo top-less a toa. Havia um contexto e, se você reclama, é porque não estava lá.

    A marcha foi um sucesso. Quem reclama do tratamento dado a esse cara aí parece não ter visto o vídeo. No vídeo, as pessoas só começam a subir em direção ao homem na hora em que ele ameaça colocar o “documento” para fora. Escolhi a palavra documento não por acaso, afinal, as mulheres estavam tão empoderadas que ele simplesmente perdeu sua identidade de macho. Precisou conferir. Acho até que ele quis exibir o pinto mais para ele mesmo (para se certificar de que ainda o tem) do que para o público rs…

    Em relação à inveja do pênis, uma posição subjetiva, quem acha que as mulheres que estavam na marcha o tem demonstra apenas ser mais um dos que gostam de atacar a Psicanálise sem estudar o mínimo dela. E aí repete os “chavões” de forma ingênua, tola. A mulher que sente inveja do pênis aceita o machismo da sociedade, se sente menos por isso. As mulheres que estavam lá procuram a igualdade de tratamento, independente de ter ou não esse apêndice que os machistas tanto valorizam. Aliás, os homens que se incomodam com os direitos iguais das mulheres provavelmente devem sentir que seu apêndice particular diminui de tamanho cada vez que uma delas se empodera. Sim, são machistas ameaçados!

    • Eduardo;
      La Vivienda Libre é um canal coletivo e pode ser respondido por Renan Santana também. Dedicamos nossos esforços em tentar levar aos tantos, não apenas nossas impressões da esfera. Aproximar pessoas que por alguma razão não se fizeram presentes ou não puderam, ou não quiseram, enfim: Tentamos sempre finalizar um registro fiel e de uma forma que a TV realmente não exibe. Após algumas ponderações, optamos em analisar um pouco mais as imagens finais do nosso material, e sim, algumas duvidas surgiram. Será que os frames finais deixaram entender de alguma maneira que o indivíduo se fez uma vítima? Acreditamos que não. Muitas vezes é complicado manter a imparcialidade, pois, há fatores delicados a se questionar. Em um momento passado, ocasião em que rodávamos um doc sobre “exploração do trabalho infantil”, tivemos que lidar com um garoto de 8 anos, que dedicava seu tempo, hora pedindo esmolas, hora, batendo espadas no coreto de uma praça (Região do Cariri – CE junho de 2006), em uma representação do reisado (cultura popular). Durante a entrevista, o mesmo afirmou que tinha uma irmã e que seu pai havia “dado” a menina, pois: “Ela dava muito trabalho” – palavras do garoto.
      E não é fácil, pois, não nos deram atenção quanto a registro de ocorrência, e por incrível que pareça, inauguramos o primeiro registro de agressão contra crianças naquela região, pois, embora a repartição tenha sido fundada em 1988, até 2006 ninguém havia registrado sequer uma queixa. Entendemos sim a sua argumentação e concordamos contigo. Porém, manter a imparcialidade é complicado e na situação ocorrida no sábado, puxa vida, complicado demais manter a calma. O indivíduo provocou não apenas aquela multidão, ele atacou diretamente todas as mulheres, sejam as omissas ou as engajadas. E presenciar comentários moralistas de uma moralidade que a tempos, faz-se imoral nos deixa um tanto irritados. Espero que isso responda um pouco do que sentimos naquela tarde de outono. E sim, concordamos contigo, extremismo é sempre muito perigoso, porém será sempre desnecessário?
      Gratos pelo debate!

    • William disse:

      É, o feminismo na Suécia acaba por demostrar outra coisa… Não que elas deveriam realmente ter inveja por não ter um pênis, mas isso só mostra o quão está disturbada a mentalidade das mesmas… Quando vai começar a rolar a “Marcha das axilas peludas”, a “Marcha da moda sexista”, por aqui? Ué, por que não? Vamos deixar as mulheres com os mesmos direitos do homem e vice-e-versa!

      Alistamento militar obrigatório – licença paternidade de 6 meses – mais oportunidades de trabalho na construção civil (pedreiros(a)) – aposentaria aos 65 anos para as mulheres também etc.

      O dia que esse movimento lugar pela igualdade, o mundo acaba, pois não é isso que eles querem e nunca irão querer. Isso não passa de um movimento imoral, aliado nas ideologias de Antonio Gramsci, é apenas uma militância surgida pela degenaração da sociedade ocidental, provocada pelo marxismo cultural.

      Essas militantes não passam de idiotas uteís.

  30. Essa discussão toda não atingiu o cerne do drama da raça de Gaia: enquanto não nos conscientizarmos TODOS, verdadeiramente, profundamente, que A ESSÊNCIA DOS OPOSTOS É SUA COMPLEMENTARIDADE E NÃO SUA OPOSIÇÃO, continuaremos a patinar no chão escorregadio da separatividade e a opor, enganosamente, violência “boa” a violência má. A compassividade – solvente universal dos erros do ego – todavia só pode ser colhida mergulhando cada um, corajosamente, nos próprios ABISMOS.

  31. Janus disse:

    Reblogged this on Solitary Angele comentado:
    Nããão, imagiiiiina, machismo não existe, é coisa do passado…essas feministas é que são recalcadas e paranoicas, agressivas ao extremo, essas putas vadias, acham que mostrando o peito vão ganhar respeito?!…(pra quem não entende, isso é sarcasmo, tá? ;))

  32. apesar de ser crança achei muito interessante suas ideias
    parabens!

  33. Maria disse:

    Afinal, alguém conseguiu ver o pênis dele?

  34. Nogueira disse:

    O camarada chama o pênis de apêndice. Vai tirar seu apêndice então seu otário, pra vc ver se é a mesma coisa. Mulher ter inveja de pênis não é chavão, é uma teoria freudiana baseada na análise das crianças que, ao notarem as diferenças anatômicas demonstrariam evidências que sugerem essa inveja e mais tarde seriam comprovadas, segundo Freud, pelo comportamento feminino de pacientes que ele atendia quando trabalhava como neurologista. Eu não sou machista, sou feminista, quero que as mulheres tenham direitos iguais, mas tbm obrigações. Que tal serviço militar obrigatório, aposentadoria com o mesmo tempo,e uma licença paternidade de período igual da maternidade, como outro camarada aí propôs? Não existe relativismo em igualdade, ou se tem direitos iguais ou não se tem direitos iguais. Maldtos sejam aqules que fazem mal uso do direito civil de uma sociedade democrática para degenerá-la.

  35. Camila disse:

    O cara foi preso?

  36. Alinka disse:

    Nogueira, sabe o que eu acho? QUe ao invés de se juntar à outros homens “mimimi mulheres não lutam por se aposentarem aos 65 anos, nem para fazerem serviço militar” te falo uma coisa: Querido, junte sua banda de homens e vão manifestar. A gente està no meio e vàrias lutas, mas por enquanto, nossa prioridade não é de se aposentar com 65 anos. No momento lutamos pelo direito sobre nosso corpo, salàrios mais justos, etc. Em vez de se irritar com as mulheres que não lutam por algo por vocês, vão là e façam vocês mesmos. Ou você acha que foi um monte de homem que saiu na rua para manifestar pelo direito ao voto para as mulheres? E outra coisa, acho que TODA feminista é a favor de uma licença para o pai. Acho que isso é um passo fundamental na nossa luta por igualdade. E a maioria das feministas querem direito iguais para todos, mesmo para que vocês homens possam se aposentar aos 60 anos e não precisem fazer o tal serviço militar. Mas como te disse, não é nossa prioridade. Se é a sua, faça sua manifestação.

  37. Eu ouvi muita besteira em relação à Marcha das Vadias. Principalmente por pessoas que sequer fazem ideia do que significa e pelo o que as mulheres estão lutando.
    Com certeza a pior merda que eu ouvi foi que elas estavam erradas em relação à atitude tomada com esse otário ae do video.
    Cara, se esse babaca não respeita quase 5 mil mulheres juntas, imagina o que ele acha que pode fazer com uma?
    Pra quem desaprova, só uma pergunta: É feio/errado ver elas reagindo com violencia contra um homem que se acha no direito de violentar [verbalmente ou fisicamente] uma mulher ? Ah é? Então você acha bonito ver um cara em uma mulher? E se fosse sua mãe? E se fosse sua filha ?
    Essa foi uma atitude extrema, mas talvez só assim pra muitos enxergarem que SIM, AS MULHERES TEM ESCOLHA E PODER.

    Não precisa ser feminista pra querer igualdade. Alias, chega de pedir ‘RESPEITO, POR FAVOR’. Respeito é o básico, é direito E DEVER de todo mundo !

    Obs: Aos otários de plantão, favor ler sobre o assunto antes de falar merda. SÓ OPINA QUE CONHECE !

  38. Fernando disse:

    Desaprovo o homem que assediou as mulheres, mereceu ser preso. Mas desaprovo a Marcha das Vadias, acho depreciação da mulher, e um atentado ao pudor sim. Uma verdadeira pornificação, tinha crianças assistindo e essas mulheres se mostraram semi-nuas na frente delas, para mim é pedofilia em massa. As sujas falando do mal-lavado.Todas mereciam serem presas, mas porque é feminismo, todo o mundo passa a maozinha na cabeça delas.

    • leilasaads disse:

      Fernando,
      Sua definição de pedofilia está muito equivocada. Pedofilia pressupõe que x adultx sinta alguma atração pela criança e a coloque em prática. Obviamente não é isso que acontece. Nem todas na Marcha tiram a blusa, mas aquelas que tiram não o fazem para seduzir crianças, logo, tão sua ACUSAÇÃO não tem absolutamente coerência nenhuma.
      Os homens, sempre andam por aí sem camisa – inclusive homens que tem peitos maiores do que os de alguma mulheres – e ninguém acha imoral, é tranquilo, afinal, eles estão com calor. As mulheres não têm essa opção porque seus corpos são inteiramente sexualizados. Nossos cabelos, rostos, coxas, bundas e seios são sempre sexualizados. Por isso a sociedade constrói, através de mecanismos múltiplos, nossos corpos como imorais. E é contra isso que lutamos. Porque, se por acaso a gente quiser, a gente PODE SIM TIRAR NOSSAS BLUSAS, como qualquer homem, sem que isso seja visto como um convite à violência!

    • Ligia Escuder disse:

      depreciação da mulher… realmente, onde ja se viu mulher livre por aí? E com opinião!? lutando pelos seus direitos?! pffff, espero que voce ainda consiga manter a sua dentro de casa.

      E se voce não consegue entender a essência e a mensagem transmitida pelas mulheres ao exporem seus corpos na rua, e ao invés disso fica exitadinho e já vê tudo como uma festa pornografica, acho que voce deveria trabalhar mais sua mente e menos seu pinto.

  39. Ligia Escuder disse:

    Não defendendo a agressão mas … Na minha opinião, a gozação e a falta de respeito do cara diante a um movimento desses dói muito mais do que o chutinho que ele levou.

    HOMENS PODEM SE CONTROLAR, PORCOS NAO.

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